Do blog da cidadania - Por Eduardo Guimarães
Diante do aumento menor do que o esperado da taxa Selic – esperava-se 0,75% e o aumento foi de 0,5% – na última reunião do Copom, na noite de quarta-feira o comentarista de economia do Jornal da Globo, Carlos Alberto Sardemberg, e o âncora Willian Waack acusaram o Banco Central de ter aumentado menos a taxa por “motivação política”.
Trocando em miúdos a tese da dupla, o BC teria aumentado em menos 0,25 p.p. a Selic para ajudar a campanha eleitoral de Dilma Rousseff.
A teoria é tão cretina que custei a acreditar que tivesse sido proferida, pois se houvesse motivação política no BC a Selic não teria voltado a subir nos últimos meses, em pleno ano eleitoral.
O fato de a Selic ter aumentado menos do que os dois palhaços da Globo esperavam não irá gerar absolutamente nenhum efeito eleitoral, pois o aperto monetário continua se acentuando e ninguém conseguirá perceber qualquer diferença entre aumento de 0,5 p.p. ou de 0,75 p.p.
A continuidade do aperto será sentida de qualquer forma na economia, pois aumento dos juros está havendo. Além do que, o efeito do que se fizer agora com os juros só será sentido daqui a meses, com toda certeza depois da eleição.
A teoria é tão burra que ignora que Dilma cresceu nas pesquisas durante o auge do aperto monetário desencadeado pela inflação de demanda que começou a surgir neste ano, com a economia crescendo a taxas consideradas “chinesas”.
É claro que o que interferiu na decisão do BC sobre o aumento da taxa básica de juros da economia foi a queda acentuada da inflação e a perceptível redução da atividade econômica, redução que continuará em curso durante a campanha eleitoral.
Nem se o governo Lula quisesse usar o BC politicamente, conseguiria fazê-lo agora. Repito: teria que ter segurado a restrição monetária lá atrás, no começo do ano, para que a economia chegasse a outubro bombando, mesmo que às custas de um grave problema inflacionário no ano que vem.
Eis a prova de que não há nada que este governo faça que deixará de ser criticado pela Globo, porque o objetivo é apenas o de criticar. É uma aposta na incapacidade do público de refletir que se o governo aumenta os juros é criticado e se baixa, também é criticado.
A Globo continua apostando na burrice do povo. Já do lado do governo Lula e da campanha de Dilma, a aposta é inversa. Este é o busilis desta eleição: será o brasileiro tão burro a ponto de negar continuidade a um governo que melhorou tanto a sua vida com base em meros “trololós” ideológicos e econômicos?
Pinçado de
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Tudo junto e misturado
sexta-feira, 30 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Aparelhamento e cabeças cortadas na TV Cultura
Do blog Tijolaço - Por Brizola Neto
Que José Serra costuma ligar para donos dos meios de comunicação ou chefes de redação pedindo a cabeça de jornalistas que não são do seu agrado é voz corrente no mercado jornalístico. Agora, imaginem o tucano ter um meio de comunicação inteiramente ao seu dispor durante a campanha eleitoral? Alguns irão dizer, ué, mas ele já dispõe de quase todos! É verdade, mas neles ele não manda. Para cortar cabeças, precisa pedir.
Mas agora ele decidiu implantar nova ordem na TV Cultura, ligada ao governo do Estado de São Paulo. O controle da TV Cultura é exercido pela Fundação Padre Anchieta, presidida há menos de um mês por João Sayad, amigo e ex-secretário de Serra. Sayad é uma pessoa de respeito, mas parece estar se enredando numa trama que pode manchar seu currículo.
As digitais de Serra na TV Cultura começaram a aparecer quando Heródoto Barbeiro foi afastado do Roda-Viva, justamente depois de insistir com Serra na questão do alto preço dos pedágios paulistas e ser acusado de repetir um “trololó petista” (veja aqui). Heródoto deu seu testemunho ao cruzar uma determinada rodovia paulista, mas o candidato tucano, como sempre, ao invés de responder, tratou de desqualificar a pergunta.
O afastamento de Heródoto ainda nem tinha sido digerido, quando na última sexta-feira rolou também a cabeça do diretor de jornalismo da TV Cultura, Gabriel Priolli, que vinha preprando uma matéria sobre os pedágios das rodovias paulistas. Como mandam as normas do bom jornalismo, Priolli mandou que fossem ouvidas todas as partes envolvidas na questão. A TV Cultura entrevistou os dois candidatos ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin e Aloizio Mercadante, mas a secretaria estadual de Transportes não quis se pronunciar nem por meio de nota oficial.
O que pode levar uma secretaria a não querer se manifestar sobre o assunto de sua pasta mesmo para um veículo ligado ao governo a que serve se não o temor de represálias? Ainda no processo de produção da matéria, Priolli foi convocado pelo novo vice-presidente de conteúdo da TV Cultura, Fernando Vieira de Mello, como contou o blog do Nassif, e a matéria foi derrubada. No dia seguinte, Priolli foi afastado.
Agora, o PT pretende ingressar com representação no MPE pedindo investigação sobre a demissão de Priolli e o aparelhamento da TV Cultura pela campanha de José Serra. A Fundação Padre Anchieta nega motivação política nas mudanças promovidas no departamento de jornalismo, mas ficou difícil explicar.
Pinçado de:
http://www.tijolaco.com/?p=20140
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sexta-feira, 2 de julho de 2010
Para o que serve o ficha limpa?
O candidato a vice na chapa de serra, que se diz mais experiente que a Dilma, se orgulha por contar entre tantas coisas, em seu vasto currículo, de ter sido o relator do ficha limpa. Para o que serve mesmo o ficha limpa? Gilmar Mendes já mostrou para o que serve. Nada. Ou alguém acha que um partido com tantos bandidos como o DEM, brigaria tanto para aprovar uma lei, se não soubesse que não os puniria, e sim apenas criaria para eles desfilarem na mídia, uma pseudo-honestidade? Heráclito Fortes que diga o que pensa do ficha limpa. Só falta alguém para perguntar.
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José Serra, os porquinhos e a matemática.
Esses videos mostram como se faz necessário a saída do sapo barbudo analfabeto e ignorante, para a entrada de alguém culto e versado em todos os assuntos.
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