Tudo junto e misturado


quarta-feira, 31 de março de 2010

Lula, Galileu e a elite que não digeriu o sapo barbudo

Esse post do Tijolaço é muito bom, Brizola Neto está em ótima fase


Eu cresci numa época em que era muito difícil perceber onde estava a direita brasileira. Tirando os personagens folclóricos, todo mundo se dizia centro-esquerda. Vejam vocês, até o PSDB tinha esta “Social-Democracia” no nome.
Tudo se diluía na “geléia” da modernidade. Os tempos eram outros, “a história tinha terminado”, na frase célebre daquele tal Francis Fukuyama, a quem a história, felizmente, já esqueceu.
Vivíamos o mundo do neoliberalismo. Defender a importância do Estado era antiquado, “jurássico”.
Não havia mais diferença entre nacional ou estrangeiro, público ou privado, e a palavra “social” foi substituída por uma vaga idéia de “inclusão”, que viria, com o tempo, do “politicamente correto”, da “responsabilidade social” e da “eficiência” e dos “ganhos de produtividade”.
A resistência ao império destas idéias era, além de antiquada, tachada de obtusa, quase uma cegueira ideológica: chata, ranzinza, desinteressante.
Os políticos que as defendiam tinham dois caminhos: ceder à ideologia dominante ou verem, progressivamente, suas lideranças definharem.
Para sobreviver, era preciso mostrar-se “adaptado” e “respeitoso” com as “leis do mercado”, que substituíam o ser humano como valor supremo.
A Carta aos Brasileiros de Lula não foi um pouco isso?
Nos tempos da Inquisição, o matemático e astrônomo Galileu Galilei para evitar a morte na fogueira teve de proclamar a um tribunal que a Terra, e não o Sol, era o centro do Universo conhecido e era fixa no espaço, tal – como dizia a Igreja – Deus a teria criado . Mas diz a lenda que, ao sair do julgamento, teria sussurrado: contudo, ela se move.
E a Terra se moveu. Aceito pelas elites, Lula pôde chegar ao Governo, embora para chegar – e para ficar – tivesse de fazer muitas concessões e- por que não confessar? – decepcionado muitos de nós que esperávamos mudanças mais radicais e velozes.
Porém se, de um lado, Lula tinha certa razão ao pretender “comer o mingau pelas beiradas”, de outro isso lhe custou um certo desgaste político. Teve, para fugir do dilúvio, como Noé e Getúlio, de embarcar uma fauna heterogênea e até bizarra na arca de sua aliança.
Mas hove algo diferente do que costuma acontecer. Lula refinou-se, é verdade. Ele próprio o reconhece, brincando, numa fala muito engraçada:

“Gente, eu estou aqui falando da nova era que tem início hoje , falando de uma transcendência incomensurável”. “Vocês estão acreditando que estou dizendo isso? Nem eu estou crendo em mim mesmo. Agora pouco falei concomitantemente, daqui a pouco vou falar en passant e ainda nem usei o sine qua non. Para quem tomou posse falando menas laranja tá bom demais”

A própria brincadeira mostra que esse refinamento não lhe deformou as origens e a ligação atávica com o povo brasileiro.

Como naquela frase que Brizola disse antes de dar seu apoio a Lula em 1989, não foi “uma maravilha ver nossas elites tendo que engolir um sapo barbudo?”

Sim, engoliram-no. Mas não o digeriram no suco gástrico de seus salões como fizeram a Fernando Henrique, que se acreditou príncipe.

Ontem à noite eu fiquei escrevendo e pensando nisso.

Quando falei do tal “Comando Marrom”, estava pensando não especificamente nesta ou naquela pessoa. Mas no traço comum do discurso virulento que vem assumindo, totalmente desprovido de laços com a realidade.

A toda hora estou lendo nos jornais frases sobre “cubanização” do Brasil, “chavismo” de Lula, atentados à “liberdade de expressão”, às instituições e à democracia. Pelo simples de receber o presidente do Irã, quase que o associam a um “terrorismo islâmico”.

Faça a si mesmo uma pergunta: em que você está sendo coagido? Você conhece alguém que esteja sendo coagido em sua liberdade pelo Governo? Alguém foi demitido, perseguido, preso? Evidente que não.

Mas nossos jornais – e logo as televisões, escreva – assumem um discurso furibundo, falando em ameaças, em perigos à democracia. Porque democracia, para eles, é o seu governo, o governo dos seus grupos, não um governo que, se ainda não é do povo, está do lado do povo. Como na histórica frase de Getúlio, em 50: “hoje estais com o Governo, amanhã sereis governo”, o Governo Lula, por ser uma mudança de rumos, é o início de um novo caminho.

Nada os deixa mais apavorados do que a possibilidade de L ula ser sucedido por Dilma, que domina as ferramentas ideológicas e a compreensão histórica das lutas sociais do povo brasileiro, embora não tenha o carisma e a identidade carnal que Lula mantém com elas. Temem que, por isso, ela possa aprofundar as mudanças que Lula, no seu empirismo e sensibilidade política, soube encaminhar e iniciar.

É esta a ideia que deixa a direita em polvorosa. Na verdade, essa é a razão da histeria que origina estes espasmos que se assemelham ao discurso das forças que prepararam a derrubada de João Goulart no pré-64. Embora ele não fosse, pessoalmente, acusado de “comunista”, seu governo era “comunizante”. Ele, “populista”, “demagogo”.

Jango era, dizem-me todos, um homem avesso a conflitos, mas impregnado do espirito de justiça que marca o trabalhismo. O que assistimos hoje, em boa parte da mídia conservadora, assemelha-se ao discurso moralista – e falso – da UDN e ao fundamentalismo moralista e religioso da TFP (Tradição, Família e Propriedade). Hoje ela teria outra sigla, onde só a propriedade ficaria, trocando a tradição e a familia pela “modernidade” e o “capital”.

Substituindo Deus pelo Mercado, quem sabe não estarão logo organizando uma Marcha?


Pinçado de:
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terça-feira, 30 de março de 2010

As inaugurações do Serra

O governador de SP inaugurou hoje o trecho sul do rodo anel, detalhe a obra não está pronta, mas, segundo o estadão, essa não voltará a ser canteiro de obras, apenas será inaugurada e não será entregue.
Mas o mais interessante e ver o estadão mostrar que tem má memória, pois repete a mentira que o Serra diz, veja a manchete do estadão:

Serra ironiza Lula e diz que Rodoanel não tem problema com TCU
Governador entregou trecho sul da obra nesta terça, mas carros só poderão circular na quinta-feira.

O estadão ficou quietinho com o que disse Serra e repercutiu, se passar... Não passa não.
clique na imagem para ler

Fora os inúmeros pedidos de CPI dessa obra que foram varridos pra debaixo do tapete, nem Paulo Maluf conseguia fazer obras tão caras.

Homenagem à Armando Nogueira

A Bola texto Armando Nogueira narração Paulo José.

segunda-feira, 29 de março de 2010

PM muda versão

A polícia militar diz agora que o PM que estava a páisana e socorreu uma PM ferida, não estava infiltrado e sim passando pelo local, ou seja, passeando durante a folga.
Já que a PM explicou e não deixou nenhum vestígio de dúvida sobre o acontecido, poderia dizer também se existe uma autorização especial ao dito soldado para que ele possa usar barba, já que soldado da PM não pode usar barba, já que ele não é da força especial que trabalha infiltrada, ele deve ter uma autorização especial para usar barba não é mesmo? Talvez tenha pele sensível e a PM, sempre solícita permite que o soldado seja barbudo, hehe.

Professores

A polícia do Serra recebe ordem de quem?

Ah sim, você está acostumado a ver essas cenas entre a polícia militar e as torcidas uniformizadas, mas não são torcidas uniformizadas que a polícia está atacando, é uma mainifestação pacífica dos professores que lutam por melhores salários e condições de trabalho, e o governador ao invés de receber os professores e buscar um entendimento, infiltra agentes da polícia à páisana no movimento grevista para promover baderna e culpar os professores, para justificar o fato de mandar a PM baixar o sarrafo. Esse é o homem à quem querem entregar a presidência.

domingo, 28 de março de 2010

À maneira Serrista

Mais um acerto entre os donos do poder, eles tudo podem fazer.

Rodoviária: Momento da Implosão

sexta-feira, 26 de março de 2010

TPM NA UNISINOS

Projeto de vídeo interativo desenvolvido na disciplina de Produção Audiovisual do curso de Publicidade e Propaganda (UNISINOS). Turma 2008/2. Profº: Tiago Lopes.

A parcialidade da Veja


A parcialidade da revista Veja já é uma velha conhecida, como mostra as capas das edições posteriores às reeleições de FHC e Lula. E abaixo vê-se a falta de limites da revista para defender seu candidato, o único que poderá garantir ao grupo Abril contratos milionários, como os que ele tem com o Estado de São Paulo e o Distrito Federal.


Em busca de algo maior para demolir

quinta-feira, 25 de março de 2010

As desventuras de uma anciã num metrô alagado de SP

Esse é um texto da mãe da NaMaria, do blog NaMariaNews, ela é ótima. O texto original está aqui.

Há pelo menos 25 anos eu não entrava no metrô em São Paulo. A idade vai chegando e todo mundo fica preocupado comigo, então desisti do metrô. Quando preciso ir para qualquer canto ou me levam ou arrumo um taxi. Também desisti do ônibus porque da última vez levei um tombo danado, me quebrei quase inteira, foi um trabalhão consertar os ossos; visivelmente o motorista era louco. Também desisti porque eu dava o sinal e eles não paravam para eu entrar, quando eu entrava eles queriam que eu saísse rapidíssimo e não davam tempo nem de eu por meus pés no chão da rua, aceleravam a toda.

Mas eu sempre tive vontade de passear de metrô e trens, principalmente com essas propagandas todas mostrando que se pode até dançar dentro dos vagões e plataformas, tamanha a comodidade que alegam ter. Há meses venho combinando e descombinando com minha filha e umas amigas. Estas acham que sou louca de querer "passear do metrô", minha filha nem fala mais nada, só concorda e me diz "andorinha que dorme com morcegos acorda de ponta-cabeça". Mas tem coisa mais prática do que metrô, gente? Fala sério, tem não. No mundo inteiro isso é possível, porque aqui haveria de ser diferente, uai?

Então combinei bem certinho com a NaMaria e a Lulu, minha amiga, a única que topou a aventura. Minha filha disse que eu só iria se ela estivesse junto. Ela também me mostrou lugares legais para visitar que estivessem próximos às estações. Mas eu já sabia que queria ir ao Masp, Museu da Palavra e Pinacoteca e se desse, queríamos passar pela José Paulino para ver o quanto mudou com a saída dos judeus e entrada dos orientais (faz 23 anos que não vou até lá!). Tudo num dia só. É bom dizer que Lulu, a minha amiga, tem 80 anos, mas está firme e forte - ela só é um pouco lenta.

E lá fomos nós, felizes da vida, com o sol. Partimos da estação Sumaré, que sempre quis conhecer e vi de onde se penduravam em cordas aqueles meninos, vi a avenida, vimos tudo porque descemos lá para fotografar e provar que lá estivemos. Depois fomos rumo à estação Paraíso, mas já não gostei tanto mais. No primeiro trecho o trem era novinho, verde UTI, sem TV, mas com ar funcionando bem. Percebi que havia menos bancos, mas o espaço para ficar de pé era bom. Mas no Paraíso já começou a complicar e entendi o motivo de tanta preocupação com os velhos. O que significam aquelas baias? A gente fica espremido naquilo e todo mundo empurra todo mundo para entrar e sair dos trens. Não falei nada porque lembrei do dito das andorinhas e minha filha me mataria se eu desistisse. Lulu nem abria mais a boca. Estava cheio e ninguém nos deixou sentar, era abafado, quente, todo mundo grudado. Para sair na Luz foi outro problema, porém menor do que para entrar nos trens.

Foi então que os verdadeiros suplícios começaram. Gente, o que é aquilo? No meio do caminho escutamos trovões altíssimos, seguimos em frente e a cara da minha filha era aquela coisa: "eu disse que ia dar m*$#*%". E deu. Depois de passar por duas catracas começou algo semelhante a uma tempestade no deserto. Mas era sujeira! Uma ventania colossal resolveu limpar o forro da estação e toda sujeira acumulada em anos passou a voar em nós todos, eram bolas de poeira imensas. Minha filha puxou-nos para dentro de uma farmácia, porque tenho asma e seria um perigo respirar aquela imundície. O pessoal não gostou muito. Lulu estava quase cega a esta altura.

Quando pensamos que havia melhorado e podíamos sair, começou a brotar barata de todos os cantos. Elas estavam caindo do teto? Sim, mas também de qualquer buraco. Não suporto barata, se tem uma coisa de que não gosto é barata. E elas vinham de todo canto, para o nosso lado. Resolvemos mudar de lugar e quando tentamos, vimos que além dos insetos e da sujeira, estava entrando água na estação. Como pode? Ficamos sabendo que lá fora estava um dilúvio e a água entrava pelas escadas rolantes, escadarias, jardim ao lado do "atendimento ao usuário"... Era água que não acabava mais. Foi quando acabou a luz, as pessoas gritavam mas continuavam andando, no escuro. A luz foi e veio várias vezes. E a água aumentando, aumentando, começou a cair do teto. Quase não tínhamos mais onde andar, chegar ao Museu era impossível. Para aumentar a provação, as pessoas que tomariam os trens na plataforma ficaram desnorteadas porque fecharam com cones muitas das escadas. Apareceu um homem do metrô gritando para onde as pessoas deveriam ir se quisessem chegar em Guaianazes, então elas corriam naquela água, caíam na escada que estava parecendo a cachoeira de Paulo Afonso. Estávamos nesta hora perto de uma banca de biscoitos, que ainda estava com o piso seco. Mas de repente a água começou a jorrar do teto, cada vez mais forte, tivemos de sair, voltamos para perto da última catraca de saída. Foi quando vimos os ratos. Tinha muito rato tentando sair da chuva! Enormes. Também odeio rato, imagine meu desespero. Lulu estava quase enfartando. Minha filha pensava em como nos tirar dali sem nenhum AVC.

Ficamos encostadas perto daquelas catracas e o pior de tudo foi quando chegaram as moças da limpeza. A que estava diante de nós dispunha de um balde de 5 litros e um pano de chão. Seu trabalho consistia em secar o oceano com um paninho. Então ela mergulhava o paninho naquela água imunda e torcia no balde. Sem botas, luvas ou qualquer proteção. Em seu uniforme estava escrito FAÍSCA - SERVIÇO LEVE. Leve? Só se for para o dono da terceirizada do metrô que não via, muito menos fazia aquilo. Sísifo tem uma vida de marajá perto daquela moça. Chegaram outras como ela bem depois, pelo menos tinham rodos. O problema é que não havia ralos. Para onde levariam aquela porcaria toda? Incrível que não haja saídas estratégicas de água naquela obra colossal. Depois descobrimos, porque minha filha foi falar com a moça: ficava a uns 70 metros dali, era preciso contornar catracas, pilastras, pessoas... para chegar no ralo, que era uma grade de 1 metro, no chão. Em seguida chegou um rapaz dessa Faísca para ajudar as meninas e seus paninhos. Ele era doido e corria feito um alucinado, empurrando a água em cima das pessoas.

Tivemos de sair dali, fomos para perto de um orientador de usuários ou algo assim. Senhor simpático, muito esclarecedor. Já que estávamos ali perguntamos muitas coisas, reclamamos da falta de proteção dos funcionários, da falta de ralosin... Soubemos que essa Faísca foi realmente terceirizada e faz a limpeza do metrô. Já ele fazia parte da Power. Essa empresa pertence a Tejofran (NaMaria já ficou empolgada e lascou lenha nas perguntas). Faz muitas coisas no metrô essa Tejofran, mas como o contrato venceu, entrou a Power no lugar dela. Fácil assim: para continuar eternamente nos negócios, tenha sempre mais de uma empresa (com nomes diferentes). O senhor odeia o trabalho que tem (seja de quando era Tejofran, seja Power), mas como está para se aposentar tenta aguentar cada dia. Ele disse que tudo piorou com as terceirizações, trabalha nisso desde 1995 e nunca viu tanta tristeza como ultimamente.

Perguntei a ele se uma empresa como essa Faísca (ou o Metrô) não teria um aspirador de água para resolver o problema e não maltratar os funcionários dessa maneira que vimos. Ele respondeu assim: "A senhora acha que um patrão desses está preocupado com a dignidade do funcionário?" Aquele senhor tinha toda razão.

Resolvemos voltar para casa. A nossa sorte foi não termos ultrapassado a última catraca, então foi mais fácil fazer o caminho contrário, apesar daquelas rotas pré-determinadas, daquelas baias (vai ver que é por isso que há tantas lojas fechadas: puseram baias, cortaram o livre trajeto público). Mas estávamos tristes, não pelo fato de o passeio ter dado um pouco errado, mas pelo que vimos sobre tratamento humano. Nem as baratas incomodaram tanto quando ver aquela moça solitária secando um mar inteiro. Para tentar nos alegrar minha filha entrou numa daquelas lojinhas e nos presenteou biscoitos e panetones, "pra vocês não saírem de mãos abanando". Eu fotografei tudo com meu celular, mas ainda não sei como tirar as fotos dele, preciso aprender; foi pena que a bateria da máquina tivesse acabado na hora errada.

Agora NaMaria pergunta a cada instante: mãe vai querer passear mais de metrô? Precisa conhecer a Sé às 18 horas, mãe. É imperdível. Depois vamos até a Zona Leste no rush... A senhora vai amar.
Eu acho que preciso pensar mais sobre isso.
Ah, antes que eu me esqueça: a propaganda do Metrô na TV é enganosa. Absolutamente enganosa.

As torturas que a Folha mostra e a que esconde

Essa é para que as pessoas que vivem chamando a Dilma de terrorista, sem saber do que falam, vejam contra que tipo de governo ela lutava, era o tipo mais baixo e vil, que legalizava bandidos e assassinos para fazerem o trabalho sujo, ou seja, calar qualquer direito individual do cidadão.

Do blog do Mello


Hoje, na Folha, Eliane Cantanhêde escreve:



Sem adjetivos

BRASÍLIA - "Eu sabia que estava com um cheiro de suor, de sangue, de leite azedo. Ele [delegado Fleury] ria, zombava do cheiro horrível e mexia em seu sexo por cima da calça com olhar de louco." De Rose Nogueira, jornalista em São Paulo. Da ALN, foi presa em 1969, semanas depois de dar à luz.

"No quinto dia, depois de muito choque, pau de arara, ameaça de estupro e insultos, abortei. Quando melhorei, voltaram a me torturar."

De Izabel Fávero, professora de administração em Recife. Da VAR-Palmares, foi presa em 1970.

"Eu passei muito mal, comecei a vomitar, gritar. O torturador perguntou: "Como está?". E o médico: "Tá mais ou menos, mas aguenta". E eles desceram comigo de novo."

De Dulce Chaves Pandolfi, professora da FGV-Rio. Da ALN, foi presa em 1970 e serviu de "cobaia" para aulas de tortura.

"Eu não conseguia ficar em pé nem sentada. As baratas começaram a me roer. Só pude tirar o sutiã e tapar a boca e os ouvidos."

De Hecilda Fontelles Veiga, professora da Universidade Federal do Pará. Da AP, foi presa em 1971, no quinto mês de gravidez.

"Eu era jogada, nua e encapuzada, como se fosse uma peteca, de mão em mão. Com os tapas e choques elétricos, perdi dentes e todas as minhas obturações."

De Marise Egger-Moellwald, socióloga, mora em São Paulo. Do então PCB, foi presa em 1975. Ainda amamentava seu filho. "Eu estava arrebentada, o torturador me tirou do pau de arara. Não me aguentava em pé, caí no chão. Nesse momento, fui estuprada."

De Gilze Cosenza, assistente social aposentada de Belo Horizonte. Da AP, foi presa em 1969. Sua filha tinha quatro meses.

Trechos de 27 depoimentos de sobreviventes, intercalados às histórias de 45 mortas e desaparecidas no livro "Luta, Substantivo Feminino", da série "Direito à Verdade e à Memória". Será lançado na PUC-SP hoje, a seis dias do 31 de março.


Dona Cantanhêde só esquece de dizer que Rose Nogueira, a jornalista citada logo no início, trabalhava na Folha na época em que foi presa e torturada. Sabe o que aconteceu a ela? Foi demitida por abandono de emprego. Ela conta:



Vinte e sete anos depois, descubro que fui punida não apenas pela polícia toda-poderosa daqueles tempos, pela “justiça” militar que me absolveu depois de me deixar por nove meses na prisão, pela luta entre vida e antivida nesse período.
(...) Ao buscar, agora, nos arquivos da Folha de S. Paulo a minha ficha funcional, descubro que, em 9 de dezembro de 1969, quando estava presa no DEOPS, incomunicável, “abandonei” meu emprego de repórter do jornal. Escrito à mão, no alto: ABANDONO. E uma observação oficial: Dispensada de acordo com o artigo 482 – letra ‘i’ da CLT – abandono de emprego”. Por que essa data, 9 de dezembro? Ela coincide exatamente com esse período mais negro, já que eles me “esqueceram” por um mês na cela.
Como é que eu poderia abandonar o emprego, mesmo que quisesse? Todos sabiam que eu estava lá, a alguns quarteirões, no prédio vermelho da praça General Osório. Isso era e continua sendo ilegal em relação às leis trabalhistas e a qualquer outra lei, mesmo na ditadura dos decretos secretos. Além do mais, nesse período, caso estivesse trabalhando, eu estaria em licença-maternidade.

Pinçado de:
http://blogdomello.blogspot.com/2010/03/as-torturas-que-folha-mostra-e-que.html

quarta-feira, 24 de março de 2010

O destruidor


Currículum do Serra



Reproduzo aqui o comentário de Jucelino Cecel no blog do Azenha:
"Reparem bem num detalhe: O Serra começou a fazer engenharia, largou no meio. Voltou do exilio, se elegeu deputado, largou sem assumir pra virar Secretario estadual. Se elegeu Senador, largou os 8 anos nas mãos do financiador da Fiesp pra virar Ministro. Se elegeu prefeito, largou nas maos do PFL pra se candidatar a governador. Se elegeu governador, larga agora pras proximas eleiçoes. Vcs viram? Ele NUNCA concluiu nada do que se propos a fazer."

Vale acrescentar que ao deixar o senado para ser ministro (do planejamento), também deixou o ministério para concorrer a prefeitura de SP, e depois de ser derrotado nas urnas, voltou ao governo para ser ministro da saúde, do qual também saiu para ser candidato a presidente em 2002.

Uma outra coisa interessante é como vota o paulistano, em 2006 escolheu (ainda bem que o resto do Brasil não) para presidente Geraldo Alckimin, e dois anos depois o rejeitou para prefeito da cidade e preferiu alguém que, até a prefeitura cair em seu colo, nem conhecido era. E agora, segundo as pesquisas, votarão para governador em quem rejeitaram para prefeito em detrimento de um até então desconhecido Kassab. É ou não é interessante a maneira como os paulistanos fazem suas escolhas?

Ex detentos no Corinthians

Agora quando sair da prisão, o Arruda terá onde "começar de novo".

Do jornal Agora

terça-feira, 23 de março de 2010

É assim que pensam

Linda foto publicada em revista burguesa, daquelas que anunciam xícaras de R$300.00 e yates de milhões, com texto sob medida para burguês. Para os ricos o céu é o limite, para a classe popular a laje é o limite, é o mais lindo pensamento burguês.


Obra do PAC tem de correr, Rodoanel pode demorar

Para inaugurar via, Serra autorizou obras à noite na construção do Rodoanel
Do Tijolaço - Por Brizola Neto

Finalmente apareceu alguém para fazer companhia a O Globo na questão das obras do PAC. Adivinhe quem? Sim, a ONG Contas Abertas, aquela do deputado Augusto Carvalho, que saiu sob suspeitas do governo Arruda. A Casa Civil contestou os números divulgados, que falam de atrasos no cronograma de obras, como você pode ler na matéria do Estadão.

Esta história, porém, mas isso me motivou a ir pesquisar o ritmo das obras do Rodoanel que, agora, na saída de Serra do governo, estão andando até com expediente noturno.

O Rodoanel tem quatro trechos.

O primeiro, o Oeste,( com 32 km, começou a ser construído em 1998 e inaugurado por FHC e Serra na campanha de 2002. Pronto, mesmo, só ficou em outubro.

O segundo trecho, o Sul, de 61 km, estava programado para começar em 2003. Mas só se iniciou em 28 de maio de 2007, embora o contrato tenha sido assinado em abril de 2006, Vai ser entregue agora, depois de ter sido prometido para 27 de novembro passado, até com hora (11:45h) para o descerramento da placa, como você pode ler aqui na Folha. Agora passou a 27 de março, mas a obra vai ser liberada faltando ainda alguns complementos. Com ele, deve ser entregue outro trecho do complexo Jacu-Pêsssego, cujo primeiro trecho foi inaugurado por Paulo Maluf, em 1995!

O terceiro trecho, o Leste, com 45 km, deveria começar este ano e ser entregue em 2014. E o último trecho, o Norte, com 44 km, nem tem previsão ainda. Se for no mesmo esquema, na melhor das hipóteses, ficaria pronto em 2018, completando a obra “apenas” 20 anos depois de iniciada.

Uma beleza, não é? São 177 km, em 20 anos. Dá menos de 9 km por ano, ou um metro por hora. Isso, imaginando que acelere, porque a velocidade dos dois primeiros trechos -93 km - foi de 95 cm por hora.

A propósito, a obra do Rodoanel integra o PAC. O Governo Federal banca um terço dos custos. E seus desembolsos estão rigorosamente em dia.


Pinçado de:
http://www.tijolaco.com/?p=10451

segunda-feira, 22 de março de 2010

Rush - The Spirit Of Radio

Isto não é um Título

Juros bancários

Será que ainda não precisa de diploma para se jornalista? Porque pra fazer a merda que esses caras fazem, e ainda dizem que é jornalismo, eu também sou capaz de fazer, faria bem melhor.
Acabo de ler uma reporcagem no estadão, sobre os juros bancários, onde o pseudo-jornalista faz a manchete agrada patrão. A manchete dele diz que os bancos públicos lideram a alta nos juros. Eu não vi esse desgraçado, no ápice da crise, fazer manchete dizendo que os bancos públicos lideravam a queda nos juros.
Ele escreve para quem só lê manchetes, esses ele pega, lá no fim da reporcagem ele fala que os bancos públicos ainda estão com suas taxas mais baixas que os bancos privados.
É absolutamente normal que os bancos públicos movimentem para cima suas taxas, afinal há um looby desgraçado para forçar um aumento da taxa selic, e a ameaça cantada em prosa e verso por todos os economistas é a volta da inflação. Ora se eles dizem que a inflação pode voltar, por conta de um superaquecimento do consumo, nada mais normal que os bancos públicos, que por serem públicos devem servir aos interesses do governo, como fizeram durante a crise baixando as taxas, aumentem agora para ajudar a conter o consumo e impedir a volta da inflação causada por uma bolha de consumo. Não é o que eles queriam? Não né, eles querem é o aumento da selic, pois então é só os bancos privados baixarem suas taxas para provocar uma bolha de consumo, hehe. Afinal são eles que querem que a selic aumente.


Escrito por Sandro Stahl

A fraude fiel

Ai ai ai, o cara passou dez anos estudando uma coisa que em 1988 um teste com carbono 14 provou ser falso. E depois de tanto desperdício de tempo ele quer provar a alguém que conseguiu representar exatamente a imagem de cristo crucificado. O pior é que esse mané acha que Jesus nascendo naquela região filho de quem lá tambem nasceu, ia ter essa cara de europeu. Ah sim, ele acha que ele é mesmo filho do espirito santo, e pior ainda, acha que o espírito santo é europeu. Me desculpem os religiosos, respeito muito toda e qualquer opção humana, mas tenho que dizer, nada produz tanta insandice quanto a religiosidade. Veja novas descobertas sobre a fraude do santo sudário aqui.


domingo, 21 de março de 2010

Mercedes-Benz faz testes com diesel de cana-de-açúcar

Do Brasil econômico
A experiência com o novo combustível revela queda de 9% na produção de material particulado e não foi detectado óxido de nitrogênio, como nos biocombustíveis.


As ruas estão cada vez mais estreitas com a quantidade de carros, ônibus e caminhões que são introduzidos, diariamente, na frota brasileira. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), rodam hoje no país cerca de 60 milhões de veículos.

Diante desse cenário, as montadoras - vistas por ambientalistas como grandes vilãs - têm tentado fazer a sua lição de casa para reduzir a emissão de gases poluentes.

A Mercedes-Benz do Brasil, em parceria com a Amyris Brasil, subsidiária da Amyris Biotechnologies, está desenvolvendo um combustível ecologicamente correto: óleo diesel à base de cana-de-açúcar.

A primeira fase dos testes está sendo feita com uma mistura de 90% de diesel comercial S50 - que tem 50 partes de enxofre por milhão (ppm) - e 10% de diesel de cana.

Segundo Gilberto Leal, gerente de desenvolvimento de motores da montadora, a experiência revelou uma redução de 9% na emissão de material particulado - um tipo de poluente primário que contribui para a poluição do ar.

"Outro ponto positivo é que, diferentemente do que ocorre com os biocombustíveis, não foi produzido óxido de nitrogênio (NOx) a mais", afirma. O óxido de nitrogênio é um gás tóxico para as vias aéreas.

Leal adianta que, no próximo mês, começam a rodar os primeiros ônibus movidos por esse novo combustível, na cidade de São Paulo. "Vamos colocá-los nas linhas mais críticas, onde o fluxo de passageiros é maior."

Terminada esta fase, inicia-se a seguinte: aumentar a participação do diesel de cana na mistura. "Nossa intenção é conseguir produzir um combustível que seja 100% de diesel de cana", revela.

Além disso, o especialista diz que o objetivo é que o preço do diesel de cana seja igual ou até menor do que o diesel comercializado hoje no país. "Nossa intenção é que até 2012 o combustível esteja disponível para uso do consumidor, nos postos de gasolina."

Motor

Outra vantagem do diesel de cana-de-açúcar é que ele pode abastecer os ônibus que circulam hoje no Brasil. "A frota brasileira é muito antiga. Seria um contrasenso fazer um combustível que exigisse um outro tipo de motor.

Por isso, não vamos mudar os motores existentes." Leal acrescenta que o desempenho do motor não muda com o novo diesel, fato que exigiria um volume maior de combustível. "O consumo continua reduzido."

Com essas medidas, a Mercedes-Benz está se preparando para atender ao Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículo Automotores (Proconve) P7, uma rigorosa norma de controle de emissões do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que entrará em vigor no Brasil em 2012.

"Nossos motores oferecerão um consumo de combustível ainda menor, diminuindo o custo operacional e garantindo a rentabilidade para os clientes. Nosso combustível se baseia na sustentabilidade", afirma Leal.

De acordo com o especialista, a empresa realizou mais de 20 mil horas de testes de funcionalidade e durabilidade, em bancos de prova e nos veículos em operação.

São mais de 1,5 milhão de quilômetros com caminhões e ônibus, em situações extremas de operação nas cidades, rodovias e fora de estrada.

A MAN Latin America também está desenvolvendo pesquisa só que com etanol hidratado. Mas, segundo a assessoria, ainda não foram iniciados os testes nas ruas com caminhões movidos a etanol.


Pinçado de:
http://www.brasileconomico.com.br/noticias/mercedesbenz-faz-testes-com-diesel-de-canadeacucar_79090.html

Cuba, Israel e a dupla moral

Do Opera mundi - Por Breno Altman

Tem sido educativo acompanhar, nos últimos dias, a cobertura internacional dos meios de comunicação, além da atitude de determinadas lideranças e intelectuais. Quem quiser conhecer o caráter e os interesses a que servem alguns atores da vida política e cultural, vale a pena prestar atenção ao noticiário recente sobre Cuba e Israel.


Na semana passada, em função de declarações do presidente Lula defendendo a autodeterminação da Justiça cubana, orquestrou-se vasta campanha de denúncias contra suposto desrespeito aos direitos humanos na ilha caribenha. Mas não há uma só matéria ou discurso relevante, nos veículos mais destacados, sobre como Israel, novo destino do presidente brasileiro, trata seus presos, suas minorias nacionais e seus vizinhos.


Vamos aos fatos. No caso cubano, Orlando Zapata, um pretenso “dissidente” em greve de fome por melhores condições carcerárias, preso e condenado por delitos comuns, foi atendido em um hospital público por ordem do governo, mas não resistiu e veio a falecer. Não há acusação de tortura ou execução extralegal. No máximo, insinuações oposicionistas de que o atendimento teria sido tardio – ainda que se possa imaginar o escândalo que seria fabricado caso o prisioneiro tivesse sido alimentado à força.


Mesmo não havendo qualquer evidência de que a morte do dissidente, lamentada pelo próprio presidente Raúl Castro, tenha sido provocada por ação do Estado, os principais meios e agências noticiosas lançaram-se contra Cuba com a faca na boca. Logo a seguir o Parlamento Europeu e o governo norte-americano ameaçaram o país com novas sanções econômicas.


Indústria do martírio
Outro oposicionista, Guilherme Fariñas, com biografia na qual se combinam muitos atos criminosos e alguma militância anticomunista, aproveitou o momento de comoção para também declarar-se em jejum. Apareceu esquálido em fotos que rodaram o mundo, protestando contra a situação nos presídios cubanos e reivindicando a libertação de eventuais presos políticos. Rapidamente se transformou em figura de proa da indústria do martírio mobilizada pelos inimigos da revolução cubana a cada tanto.


O governo ofereceu-lhe licença para emigrar a Espanha e lá se recuperar, mas Fariñas, que não está preso e faz sua greve de fome em casa, recusou a oferta. Seus apoiadores, cientes de que a constituição cubana determina plena liberdade individual para se fazer ou não determinado tratamento médico, o incentivam para avançar em sacrifício, pois não será atendido pela força até que seu colapso torne imperativa a internação hospitalar. Aliás, para os propósitos oposicionistas, de que grande coisa lhes valeria Fariñas vivo?


O presidente Lula tornou público, a seu modo, desacordo com a chantagem movida contra o governo cubano. Talvez fosse outra sua atitude, mesmo que discreta, se houvesse evidência de que a situação de Zapata ou Fariñas tivesse sido provocada por ato desumano ou arbitrário de autoridades governamentais. Para ir ao mérito do problema, comparou a atitude dos dissidentes com rebelião hipotética de bandidos comuns brasileiros. Afinal, ninguém pode ser considerado inocente ou injustiçado porque assim se declara ou resolva se afirmar vítima através de gestos dramáticos.


O silêncio da mídia
Sem provas bastante concretas que um governo constitucional feriu leis internacionais, é razoável que o presidente de outro país oriente seus movimentos pela autodeterminação das nações na gestão de seus assuntos internos. O presidente brasileiro agiu com essa mesma cautela em relação a Israel, país ao qual chegou no último dia 14, apesar da abundância de provas que comprometem os sionistas com violação de direitos humanos.


Mas as palavras de Lula em relação a Cuba e seu silêncio sobre o governo israelense foram tratados de forma bastante diversa. No primeiro caso, os apóstolos da democracia ocidental não perdoaram recusa do mandatário brasileiro em se juntar à ofensiva contra Havana e em legitimar o uso dos direitos humanos como arma contra um país soberano. No segundo, aceitaram obsequiosamente o silêncio presidencial.


A bem da verdade, não foram apenas articulistas e políticos de direita que tiveram esse comportamento dúplice. Do mesmo modo agiram alguns parlamentares e blogueiros tidos como progressistas, porém temerosos de enfrentar o poderoso monopólio da mídia e ávidos por pagar o pedágio da demagogia no caminho para o sucesso, ainda que ao custo de abandonar qualquer pensamento crítico sobre os fatos em questão.


Um observador isento facilmente se daria conta de que, ao contrário dos eventos em Cuba, nos quais o desfecho fatal foi produto de decisões individuais das próprias vítimas, os pertinentes a Israel correspondem a uma política deliberada por suas instituições dirigentes.


Sionismo e direitos humanos
A nação sionista é um dos países com maior número de presos políticos no mundo, cerca de 11 mil detentos, incluindo crianças, a maioria sem julgamento. Mais de 800 mil palestinos foram aprisionados desde 1948. Aproximadamente 25% dos palestinos que permaneceram em territórios ocupados pelo exército israelense foram aprisionados em algum momento. As detenções atingiram também autoridades palestinas: 39 deputados e 9 ministros foram sequestrados desde junho de 2006.


Naquele país a tortura foi legitimada por uma decisão da Corte Suprema, que autorizou a utilização de “táticas dolorosas para interrogatório de presos sob custódia do governo”. Nada parecido é sequer insinuado contra Cuba, mesmo por organizações que não guardam a mínima simpatia por seu regime político.


Mas o desrespeito aos direitos humanos não se limita ao tema carcerário, que é apenas parte da política de agressão contra o povo palestino. A resolução 181 das Nações Unidas, que criou o Estado de Israel em 1947, previa que a nova nação deteria 56% dos territórios da colonização inglesa na margem ocidental do rio Jordão, enquanto os demais 44% ficariam para a construção de um Estado do povo palestino, que antes da decisão ocupava 98% da área partilhada. O regime sionista, violador contumaz das leis e acordos internacionais, hoje controla mais de 78% do antigo mandato britânico, excluída a porção ocupada pela Jordânia.


Mais de 750 mil palestinos foram expulsos de seu país desde então. Israel demoliu número superior a 20 mil casas de cidadãos não judeus apenas entre 1967 e 2009. Construiu, a partir de 2004, um muro com 700 quilômetros de extensão, que isolou 160 mil famílias palestinas, colocando as mãos em 85% dos recursos hídricos das áreas que compõem a atual Autoridade Palestina.


Pelo menos seiscentos postos de verificação foram impostos pelo exército israelense dentro das cidades palestinas. Leis aprovadas pelo parlamento sionista impedem a reunificação de famílias que habitem diferentes municípios, além de estimular a criação de colônias judaicas além das fronteiras internacionalmente reconhecidas.


Dupla moral
São, essas, algumas das características que conformam o sistema sionista de apartheid, no qual os direitos de soberania do povo palestino estão circunscritos a verdadeiros bantustões, como na velha e racista África do Sul. O corolário desse cenário é uma escalada repressiva cada vez mais brutal, patrocinada como política de Estado.


Mas os principais meios de comunicação, sobre esses fatos, se calam. Também mudos ficam os líderes políticos conservadores. Nada se ouve tampouco de alguns personagens presumidamente progressistas, sempre tão céleres quando se trata de apontar o dedo acusador contra a revolução cubana.


Talvez porque direitos humanos, a essa gente de dupla moral, só provoquem indignação quando seu suposto desrespeito se volta contra vozes da civilização judaico-cristã, da democracia liberal, do livre mercado, do anticomunismo. Não foi sem razão que o presidente Lula reagiu vigorosamente contra o cinismo dos ataques ao governo de Havana.


Breno Altman é jornalista e diretor editorial do sítio Opera Mundi (www.operamundi.com.br)

Pinçado de:
http://www.operamundi.com.br/opiniao_ver.php?idConteudo=1073

Miro: conexão Serra Arruda

sábado, 20 de março de 2010

Sabedoria Popular


O hoje que ele fala foi ontem 19/03

Do nhenhenhém ao trololó

Do Cidadania.com - Por Eduardo Guimarães



Enquanto viajo ao Brasil – devo aportar por aí no meio da tarde –, quem sabe algum leitor tucano explique por que um país que cresce e se desenvolve como nunca cometeria o desatino de pôr na Presidência da República outro irresponsável tucano que, diante de problemas sérios como o da Educação, se sai com essas onomatopéias idiotas.

A Educação em São Paulo é um desastre ainda maior do que a Saúde, o transporte público, a Segurança pública etc. E é injustificável - não falta dinheiro ao Estado mais rico da Federação. O que falta a José Serra não é só competência, é caráter, como faltava a outro tucano que fazia ruídos desconexos diante de críticas fundamentadas.

FHC tinha uma “resposta” pronta para qualquer crítica que lhe fizessem: era tudo “nhenhenhém”; Serra diz que as queixas dos professores, dos médicos, dos policiais, enfim, de todo o funcionalismo que, desde Mario Covas, só vê sua vida piorar, são “trololó”.

Como é que você, paulista, quer que professores, policiais, médicos, garis, enfim, que um funcionalismo público que a cada dia sobrevive com mais dificuldade lhe preste bons serviços? Será que nunca iremos acordar, neste Estado?

A droga midiática que os paulistas consomem em doses cavalares nos impede de enxergar que tanto o “nhenhenhém” de um quanto o “trololó” do outro não passam de “blábláblá” de político safado para fugir às suas responsabilidades. Mas Serra, FHC e sua quadrilha podem ter certeza de que, neste ano, o Brasil dirá não às drogas. De novo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

E agora?

Alguém se lembra de quando a Dilma disse que o orçamento da Petrobras seria de aproximadamente 85 bilhões e foi corrigida pela Petrobras pois o orçamento até então aprovado era de 79 bilhões? Lembam quantas críticas ela recebeu por dar uma informação errada?
Pois bem, então vejam essa notícia.

Petrobras prevê orçamento de R$ 88,5 bilhões para 2010
Brasil Econômico
19/03/10 20:23

O Conselho de Administração da Petrobras autorizou o encaminhamento a Assembléia Geral Ordinária (AGO), a ser realizada no dia 22 de abril de 2010, do orçamento de capital para o ano de 2010 no valor de R$ 88,5 bilhões, disse hoje (19) a companhia.

Diante disso, a diretoria executiva foi autorizada a promover uma revisão do Programa de Dispêndio Global (PDG) e do Orçamento Anual de Investimentos (OAI) da empresa para o ano de 2010, que foi aprovado em agosto de 2009 no valor de R$ 79,5 bilhões.

Investimentos

Por sua vez, a diretoria dará continuidade à revisão do Plano de Negócios, tomando como referência o valor total a ser investido na faixa entre US$ 200 e US$ 220 bilhões para o período 2010-2014.

Quanto aos projetos, foram aprovados R$ 264,8 bilhões, que estarão presentes na carteira de investimento para o período 2011-2014, sendo: R$ 163,6 bilhões para o segmento de exploração e produção, R$ 80,5 bilhões para abastecimento, R$ 20,2 bilhões destinados ao segmento de gás e energia e R$ 430 milhões para biocombustíveis.

Fifa enfim aprova novo projeto do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014

Do Estadão




Jamil Chade - Correspondente - O Estado de S. Paulo

ZURIQUE - Depois de meses de desentendimentos, a Fifa anuncia que finalmente está satisfeita com os planos apresentados pelo São Paulo para a reforma do Estádio do Morumbi para a Copa de 2014. Mas não deixa de alertar: o desafio agora será o de traduzir o que está no papel para a realidade.

Mesmo indicando a aprovação ao projeto, a entidade por enquanto evita confirmar se o Morumbi já estaria confirmado para sediar uma das semifinais do Mundial no Brasil.

A Fifa e o São Paulo mantiveram uma verdadeira batalha em torno do Morumbi. Os projetos entregues pelo clube à entidade eram considerados como insufucientes. O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, afirmou ao Estado há menos de um mês que o projeto apresentado qualificava o estádio apenas para receber jogos da primeira fase do torneio e, no máximo, as oitavas de final.

Segundo a assessoria de Imprensa da entidade, o novo plano foi entregue há poucos dias. "As informações que recebemos agora são boas e o projeto atende às nossas exigências. Pelo menos no papel, estamos indo na direção certa finalmente", disse Valcke.

Ele insistiu que não quer ser visto como um "carrasco" dos objetivos da capital paulista. "Nossas exigências são existem apenas para que um estádio fique bonito para a Copa. São critérios técnicos e de segurança que precisamos ver cumpridos para aprovar o projeto", disse.

Valcke admite que as diferenças se tornaram uma "saga" entre a Fifa e o time tricolor. Mas evitou dar detalhes sobre o que mudou entre um projeto e outro. "O São Paulo entendeu finalmente. Agora, o projeto está na linha que a Fifa propôs desde o início.

Pressão. Valcke também optou por não polemizar em relação ao Maracanã e o fato de que as obras estão atrasadas. "O estádio está dentro do prazo", afirmou, diplomaticamente. Ele insinuou, porém, que colocará pressão sobre o Brasil a partir do segundo semestre, quando a Copa do Mundo na África do Sul já terá terminado."



Pinçado de:
http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,fifa-aprova-novo-projeto-do-morumbi-para-2014,526583,0.htm

Enquanto isso o time do São Paulo jogou ontem e venceu, mas nem é sobre isso que quero falar. Quero falar sobre o fato de já estarmos terminando o mês de março e até agora Ricardo Gomes não definiu um time titular, é notório que isso não deixa que o time seja entrosado e coeso, não conseguindo fazer boas apresentações exatamente por falta de entrosamento, uma vez que a cada jogo é um time diferente. Pronto, cornetei.

Governo Serra: o desastre da Educação em números (2)

Do blog FBI


A Receita total aumentou significativamente, para o Governo Serra, sem o correspondente aumento do orçamento da Educação.

O Governo Serra não prioriza a educação e a saúde e sim as obras que dão visibilidade.

Ainda assim, se o Serra mantivesse o percentual do período 2002-2005 o orçamento da Educação teria dobrado, permitindo pagar salários decentes aos professores.

A seguir apresento o gráfico com os percentuais da Educação em relação à Receita total.




***

Os gráficos que apresentamos nesse trabalho foram processados pelo DATAFBI, a partir de dados extraídos dos Projetos de Lei Orçamentária do Governo de São Paulo, no período 2002-2010.

Todos os valores foram atualizados para 2010, pelo IPCA.

Com esses gráficos, encerramos a série sobre o desastre da Educação em números.

A próxima sequência será relativa á Saúde.

Sempre lembrando que esses números devem ser divulgados amplamente, via internet, porque as Organizações Serra não irão fazê-lo.


Pinçado de:
http://festivaldebesteirasnaimprensa.wordpress.com/2010/03/19/governo-serra-o-desastre-da-educacao-em-numeros-2/

O Brasil inspira confiança no mundo

Ao contrário do que Israel e Estados Unidos sempre fizeram, o Lula prega a busca da paz através do diálogo, contrariando a velha máxima de que a guerra é produto da paz e vice-versa. Acho que quem criou essa frase é algum fabricante bélico.
Ontem ví no jornal que um foguete foi lançado da faixa de Gaza e matou uma pessoa do lado Israelense, logo apareceu dois mascarados assumindo o ataque em nome de um grupo palestino, em seguida Israel coordenou ataques com mísseis contra os palestinos.
Posso estar enganado, mais isso tudo me cheira armação de Israel, pois se tem alguém que não tem o menor interesse na paz, esse alguém é o governo de Israel.
Segue abaixo um video do blog do planalto, com Celso Amorim, sobre o papel do Brasil na busca pela paz na região.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Motörhead - R.A.M.O.N.E.S

A obsessão pelo aumento da taxa selic


Adoro falar sobre o que eu não entendo, acho até que essa é uma obsessão minha, sendo assim vamos falar um pouquinho sobre a taxa selic.
Ontem na reunião do copom decidiu-se manter a taxa anual em 8,75% e quando saiu a notícia o que se viu na imprensa foi uma articulação já prevendo uma subida na próxima reunião, dizendo que os técnicos do copom tinham sinalizado que isso aconteceria, porque dos oito votos três tinham sido pela alta. Pensei; para estarem dizendo isso, devem ter votado pela manutenção com viés de alta, mas que nada, é pura invencionice da imprensa, não tem viés nenhum.
Qual seria o comportamento adequado da imprensa, se essa não atendesse a alguns interessados no aumento da taxa? Noticiar o resultado da reunião, os votos a favor e contra, noticiar a próxima reunião, se fosse ouvir algum especialista, que fossem dois, um antagônico ao outro, para assim o telespectador formar sua opinião, e aguardar o movimento da inflação e do consumo, que é o que determina a decisão sobre a taxa. Mas não sabendo nem fazer o seu papel, querem determinar o que o copom deve fazer. A decisão do banco central de voltar com a cobrança do compulsório, segundo li, teria o mesmo impacto na economia de um aumento de 1,5 ponto percentual na taxa selic. Sendo assim porque esse desejo da imprensa de que o copom, já que não aumentou agora, aumente a taxa na próxima reunião, sem sequer saber como a economia se comportará até lá? Eles podem até tentar dizer que se preocupam com a inflação, mas pra mim estão mesmo é defendendo interesses outros, que não os meus e nem os seus, a menos que você em questão, seja um mega-investidor.


Escrito por Sandro Stahl

Serra, o candidato sem discurso


O Serra é um quem sabe, talvez, possa ser, pré-candidato sem nenhuma plataforma, sem discurso e terá que fazer campanha contra um governo que tem 83% de aprovação, e vejo no jornal que ele se apega a geração de empregos como uma de suas metas.
O Serra foi ministro em duas ocasiões de um governo que em oito anos gerou menos empregos do que o governo Lula gerou só no ano de 2009, ou seja, num ano que tivemos uma das maiores crises mundiais. Será que ele vai dizer que tem know how para criar mais empregos do que estão sendo criados? E olha que os empregos criados em 2010, nos dois primeiros meses, são recordes históricos. E é bem aí que ele quer se enfiar.
Por que ele não escolheu as três áreas em que o governo tem baixa avaliação? Qualquer candidato faria isso, exploraria as fraquezas do governo ao qual irá se opor.
Mas é fácil entender o porquê de Serra não usar as áreas onde o governo não tem uma grande aprovação a seu favor, porque seu governo em São Paulo é um fiasco, e principalmente nessas três áreas onde o Lula não é tão bem aprovado. Segurança, que em São Paulo é um desastre, com aumento dos índices de violência maior que o restante do país, a saúde, que em São Paulo, fora as propagandas na TV, também vai muito mal, e educação, onde São Paulo por tradição sempre teve uma das melhores do país e hoje é uma vergonha, com professores desvalorizados, sem plano de carreira, contratações massivas de temporários, e alunos que concluem o ensino médio sem saber o básico.
Vejam que o governo federal tem menor aprovação nas áreas em que precisa da ajuda dos governadores, que são áreas onde repassa recursos, mas a gerência dos mesmos fica a cargo dos estados. É por isso que Serra é um candidato sem plataformas e sem discurso, porque opõe-se a um governo que foi melhor em tudo com relação ao governo passado do qual fez parte, e sequer pode dizer que será melhor nas áreas que o governo não agrada a população, pois em seu estado nessas áreas consegue ser pior disparado.


Escrito por Sandro Stahl

China analisa o “ato patriótico” dos EUA



Do blog do Nassif

China denuncia: violações de DH nos EUA assolam presídios e agridem liberdade de imprensa

Em um documento divulgado dia 12 pelo Escritório de Informação do Conselho de Estado da China, foi apresentado um registro detalhado sobre as violações dos direitos humanos cometidas pelos Estados Unidos no ano passado.

O documento divulgado pela China ressalta o chamado “ato patriótico” imposto pelo governo de Bush – usando como pretexto o 11 de setembro – para vigiar os cidadãos. “Apesar de sua defesa da ‘liberdade de expressão’, ‘de imprensa’ e ‘na Internet’”(…) a “Agência Nacional de Segurança (NSA) começou a controlar as comunicacões com equipametos especializados de escuta e interceptando telefonemas, faxes e contas de correio eletrônico em 2001. Usam isso para controlar milhões de americanos”. Com relação à liberdade de imprensa, segundo o New York Times (de 20 de abril de 2009), “o governo dos EUA fez com que ex-oficiais participassem dos jornais de rádio e TV sobre Iraque e Afeganistão para glorificar estes conflitos armados”.

Já em relação ao sistema penitenciário americano, o documento ressalta que “os casos de presos violados por carcereiros abundam”. E que, “segundo o Departamento de Justiça, o número de denúncias relacionadas com a ‘má conduta sexual’ dos trabalhadores das 93 prisões federais do país vêm crescendo nos últimos oito anos”. Há 2,3 milhões mantidos em regime de prisão.


TENSÃO

A tensão e os desníveis sociais na sociedade norte-americana teve como consequência a ocorrência de 4,9 milhões de crimes violentos. No sistema judicial a discriminação racial é escandalosa. A proporção de jovens negros condenados a prisão perpétua em 25 Estados é 10 vezes superior à dos brancos; na Califórnia é 18 vezes maior. Em 2009 houve 3.890 crimes motivados por ódio racial.

O documento relata também que, nos EUA, “a população que sofre de fome foi a mais alta em 14 anos. O Departamento de Agricultura dos EUA informou, em 16 de novembro de 2009, que em 2008 um total de 49,1 milhões de estadounidenses, ou 14,6% de todas as familias do país norteamericano, têm negado acesso permanente a uma alimentacão adequada”. A população em estado de pobreza foi a maior dos últimos 11 nãos. O Washinton Post informou, setembro de 2009, de 39,8 milhões de americanos na pobreza.

O documento conclui afirmando: “durante anos os EUA se impõem a outros países considerando-se como a ‘polícia mundial dos direitos humanos’ e ignorando seus próprios problemas a respeito, e têm publicado seus Informes para os Países sobre Práticas de Direitos Humanos para criticar outros países, utilizando os direitos humanos como ferramenta política para difamar e interferir nos assuntos internos de outras nações”.

http://www.horadopovo.com.br/


Pinçado de:
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/03/18/china-analisa-o-ato-patriotico-dos-eua/#more-51973

quarta-feira, 17 de março de 2010

Promotor Blat fica em péssima situação ao não apurar que FIDC Bancoop já foi pago


Do blog Amigos do presidente Lula


O promotor José Carlos Blat, ficou em péssima situação quando fez essa denúncia à Revista Veja, antes sequer de apurar a real situação:

Segundo a revista “Veja”, em 2004, a Bancoop captou no mercado R$ 43 milhões, sendo 85% de fundos de pensão de estatais, alguns deles controlados pelo PT. “Esse dinheiro simplesmente sumiu e muitos prédio sequer foram construídos”, disse o promotor. (confira aqui no G1)


Os R$ 43 milhões não sumiram. Eles foram pagos a quem direito: aos fundos de pensão que aplicaram o dinheiro.

O promotor alardeia uma conta mirabolante acusando desvios de R$ 100 milhões. Nesta conta contabilizou estes R$ 43 milhões, que já foram comprovadamente desmentidos. O resto ele não conseguiu demonstrar ao juiz Carlos Eduardo Lora Franco, a ponto do juiz "solicitar" ao promotor Blat que refizesse o dever de casa.
Se o promotor cometesse esse erro nos autos de uma denúncia formal à justiça, já seria grave. Mas cometer tal irresponsabilidade alardeando na imprensa é gravíssimo, pois desmoraliza a própria imagem da instituição do Ministério Público.

Pinçado:
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/03/promotor-blat-fica-em-pessima-situacao.html

Greve dos professores

Reservo-me o direito

Reservo-me o direito de morrer amanhã
Sem questionar o que me tenham negado
Sem querer de volta o que tenha dado
Sem arrependimento profundo e latente
Por brigar por nada com tanta gente
Sem me arrepender de tudo que fiz
Na insana busca por ser feliz
Sem desejar que tivesse ido antes
Para conviver menos com intolerantes
Sem nunca ter deitado em divãs
Sem sequer lembrar o gosto das maçãs
Acima de tudo orgulhoso e satisfeito
Muito embora sequer saiba, se vivi direito.


Escrito por Sandro Stahl

Lula em Israel e os sionistas da mídia


Do blog do Miro

A política externa do governo brasileiro, bem mais altiva e soberana, é um dos principais alvos da fúria oposicionista da mídia colonizada. Na sua visita ao Oriente Médio, o presidente Lula foi novamente motivo das críticas de alguns colunistas de aluguel – talvez influenciados por lobistas sionistas. A sua recusa em visitar o túmulo de Théodor Herzl, fundador do sionismo e inspirador das ações terroristas de Israel, foi tratada como “uma gafe”, um “erro diplomático imperdoável”.

Noblat omite e estimula a cizânia

O blogueiro oficial da Globo, Ricardo Noblat, foi um dos primeiros a alardear que “Lula provoca incidente diplomático em Israel”. A sua fonte foi o ministério das Relações de Israel, dirigido por um direitista convicto, que condenou o “desrespeito o protocolo do país”. Para instigar a cizânia, ele ainda noticiou que “Lula pretende depositar flores no túmulo de Yasser Arafat”, mas deixou de informar que também homenagearia as vítimas do holocausto. Diante das críticas que recebeu em seu blog, o irritadiço Noblat ainda desqualificou os seus leitores, tratando-os de “levianos”.

A “informação” de Noblat e de outros veículos foi totalmente tendenciosa. O governo brasileiro não cometeu “gafes” em Israel, apenas rejeitou uma manobra da diplomacia sionista, que incluiu a visita à tumba de Théodor Herzl sem prévia consulta. A mídia colonizada preferiu mentir. Nem sequer informou que vários chefes de Estado, inclusive o francês Nicolas Sarkozy, também já se recusaram a visitar o túmulo do “pai do sionismo”. A mídia evitou até criticar o gesto grosseiro de Avigdor Lieberman, ministro das Relações Exteriores, que boicotou a comitiva brasileira.

A “dupla moral” da mídia colonizada

No afã de combater a política externa brasileira, principalmente num ano eleitoral, a mídia venal preferiu ouvir raivosos sionistas, defensores do “holocausto palestino”. Ela deu pouco destaque ao contundente discurso de Lula, feito em pleno parlamento israelense, o Knesset, em defesa da criação do Estado Palestino, “independente, soberano, coeso e economicamente viável... Temos urgência em ver israelenses e palestinos vivendo em harmonia. Recusamos o mito de que estão fadados ao conflito, de que seus filhos estão condenados à irracionalidade da guerra”.

O atual bombardeio revela toda a hipocrisia da mídia colonizada. Ela prega “direitos humanos” em Cuba, mas silencia diante dos crimes dos EUA e do seu satélite no Oriente Médio. Segundo o jornalista Breno Altman, do sítio Opera Mundi, a imprensa padece de “dupla moral” ao satanizar Cuba e ao não informar que Israel “é um dos países com maior número de presos políticos no mundo, cerca de onze mil detentos, incluindo crianças, a maioria sem julgamento... Mais de 800 mil palestinos foram aprisionados desde 1948. As detenções atingiram também autoridades palestinas: 39 deputados e nove ministros foram seqüestrados desde junho de 2006”.

O lobby sionista nas redações

Breno lembra que “naquele país a tortura foi legitimada por uma decisão da Corte Suprema, que autorizou a utilização de ‘táticas dolorosas de interrogatório de presos sob custódia do governo’” e que Israel desrespeitou todas as decisões da ONU sobre partilhas dos territórios. “Mais de 750 mil palestinos foram expulsos de seu país desde então. Israel demoliu número superior a 20 mil casas de cidadãos não-judeus apenas entre 1967 e 2009. Construiu, a partir de 2004, um muro com 700 quilômetros de extensão, que isolou 160 mil famílias palestinas, colocando as mãos em 85% dos recursos hídricos das áreas que compõem a atual Autoridade Palestina”.

Diante destes fatos inquestionáveis, nada justifica as “gafes” de alguns colunistas. É sabido que os lobbies sionistas freqüentam assiduamente as redações de vários veículos, mas os jornalistas deveriam ter mais de dignidade e ética profissional no trato deste delicado tema. Daí a justificada indignação de Breno Altman contra a “dupla moral” dos meios de comunicação e dos políticos conservadores. “Nada se ouve tampouco de alguns personagens presumidamente progressistas, sempre tão céleres quando se trata de apontar o dedo acusador contra a revolução cubana”.

Pinçado de:
http://altamiroborges.blogspot.com/2010/03/lula-em-israel-e-os-sionistas-da-midia.html

terça-feira, 16 de março de 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

Roteiro para a vitória

Do blog do professor Hariovaldo

Clique na imagem para ver melhor



Pinçado de:
http://hariprado.wordpress.com/2010/03/13/roteiro-para-a-vitoria/

Iggy Pop - Little know it all

Hillary Clinton aprendeu: o Brasil não é mais quintal dos EUA


Do portal PRAVDA

Madame Hillary Clinton veio ao Brasil para botar banca e visivelmente pressionar o governo brasileiro no sentido de mudar de posição em relação à questão nuclear do Irã. De quebra, madame ainda sugeriu que o Brasil comprasse os jatos da Boeing para a Força Aérea Brasileira. Na verdade, a secretária de Estado norte-americana nos dois casos verdadeiramente cumpriu missão do complexo industrial militar.
Por Mário Augusto Jakobskind, no Direto da Redação


Clinton agiu como se o Brasil ainda fosse governado por dirigentes subservientes que mudavam de posição apenas com um pito de algum representante estadunidense, como acontecia nos tempos de FHC, amigão de Bill Clinton. A secretária de Estado deve ter aprendido uma lição, qual seja, a de que os tempos de “pátio traseiro” e “quintal” acabaram. Ou seja, os tempos são outros e não adianta pressão e ameaças. Hillary Clinton, em suma, portou-se como uma Condoleezza Rice loura.


Os gajos midiáticos se superaram em matéria de salamaleque a Clinton e foram acionados para desancar em cima do Irã. De quebra, Lula e o ministro Celso Amorim não foram poupados. De agora em diante, Mahmoud Ahmadinejad vai ser apresentado como ainda mais pernicioso do que antes. Os colunistas de sempre vão alertar em matéria de “perigo da bomba atômica”. E vão continuar dizendo que Ahmadinejad quer varrer Israel do mapa.


Em entrevista ao jornal Brasil de Fato, o insuspeito historiador estadunidense Juan Cole, da Universidade de Michigan e especialista em matéria de mundo islâmico, garantiu que o presidente do Irã nunca pregou a destruição de Israel. E ele é insuspeito, diga-se de passagem, porque é um crítico ferrenho de Ahmadinejad.


O historiador estadunidense domina o idioma persa, falado no Irã, e garante que a imprensa ocidental, deliberadamente ou não, tem feito má tradução e interpretação errada das declarações de Ahmadinejad.


Cole argumentou que o presidente iraniano nunca ameaçou atacar Israel ou matar civis judeus, como a todo o momento é afirmado por analistas das mais variadas tendências. O que diz Ahmadinejad, segundo Cole, é esperar que o regime de ocupação israelense entre em colapso, assim como ocorreu com a União Soviética e seria um erro matar civis judeus.


Ahmadinejad, no entanto, comete um equívoco, aproveitado pelo lobby israelense, quando se refere ao Holocausto. No entender de Cole, ao subestimar o número de judeus assassinados pelo 3º Reich, o líder iraniano na prática nega a tragédia. Mas o dirigente do Irã, diz em certo momento, lembra Cole, que “mesmo que o Holocausto de fato tenha acontecido, certamente ele foi obra do governo alemão e, por isso, deveria ter sido concedida aos judeus a Bavária ou alguma outra parte do território alemão, e não a terra natal dos palestinos”.

Em relação à questão nuclear, o erro de tradução ou interpretação das palavras de Ahmadinejad segue o mesmo diapasão, segundo ainda o professor estadunidense. Ou seja, ele é apresentado como instigador de guerras e só falta dizer, como antigamente se fazia com os comunistas, que come criancinhas. Ahmadinejad negou inúmeras vezes que o Irã possua um programa de armas nucleares e chegou a enfatizar que tais armas matariam um alto número de civis inocentes e que, portanto, (as armas) são anti-islâmicas, já que essa religião não permite tal prática.

Mas Madame Clinton e o governo israelense, sob o comando do troglodita Benyamin Netanyahu, interpretam à maneira que querem o ideário de Ahmadinejad. Há quem diga até que Madame Clinton está repetindo o então secretário de Estado norte-americano Colin Powell nas semanas que antecederam a invasão e ocupação do Iraque ao denunciar na ONU a existência de armas de destruição em massa. Deu no que deu.


Neste momento, a questão palestina está estagnada. Netanyahu aproveita o embalo e procura convencer o mundo, juntamente com o governo dos Estados Unidos, que é preciso endurecer o jogo contra o Irã por causa da suposta bomba atômica. E mesmo se existisse a tal bomba atômica, por que Israel pode ter e o Irã não? Por que Paquistão e Índia também podem?


Mas a matéria de fundo no Oriente Médio, a resolução da questão palestina, se arrasta. A Liga Árabe acabou de se posicionar em favor de uma retomada das conversações entre palestinos e israelenses. E neste momento, o governo israelense procura colocar a boca no trombone para evitar que haja alguma possibilidade de acordo que signifique suspender os assentamentos em território palestino.


Aí, quanto mais se demonizar Ahmadinejad e colocar Israel como eterna vítima, melhor para o projeto colonial do governo de Netanyahu. O resto, bom, o resto é perfumaria. Resta saber agora que relatório Madame Clinton entregará ao chefe Obama.

vermelho.org.br

Pinçado de:
http://port.pravda.ru/mundo/29078-0/

Brincadeira de mau gosto

José Serra, os porquinhos e a matemática.

Esses videos mostram como se faz necessário a saída do sapo barbudo analfabeto e ignorante, para a entrada de alguém culto e versado em todos os assuntos.

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