Mostrava um panfleto
de uma grande rede de hipermercados e mostrava como as coisas eram
baratas antigamente.
A matéria era leve
e despolitizada, mas olhando os comentários me surpreendi com a
sensação que as pessoas tinham de que hoje as coisas são muito
mais caras do que eram naquela época.
Pensei comigo, as
pessoas estão olhando os preços de 15 anos atrás mas tendo em
mente o salário de hoje e não o daquela época, mesmo assim revolvi
confirmar que eles estavam errados e não eu.
Peguei 25 produtos
iguais e na mesma rede de hipermercados e somei seus preços, os da
época (novembro de 2000) e os de agora (01 de fevereiro de 2015) para descobrir quanto eles representariam do
salário-mínimo da época e o de agora em termos de percentagem.
Como o
salário-mínimo da época, novembro de 2000, já estava em vigor à
seis meses e já meio cansado, achei melhor comparar com o de 2014 que
valeu até dezembro de 2014 e estaria mais cansado ainda, afinal a
intenção era ferrar a Dilma e o PT he he.
Os valores dos
salários-mínimos eu encontrei aqui.
Em novembro de 2000
o salário-mínimo era de R$ 151,00 e os produtos custaram R$ 43,03 o
que equivale a 28,5% do salário-mínimo da época.
Já os mesmos
produtos, com exceção do detergente em pó que não encontrei caixa
de 900 gramas e em seu lugar coloquei o mesmo detergente em pó só
que com embalagem de um quilo, o que seria mais caro, custaram R$
151,34, o que equivale a 20,904% do salário-mínimo que valeu até
30 de dezembro de 2014. Se compararmos com o salário-mínimo em
vigor, representaria 19,206%.
Pra quem gosta de
reclamar da carestia, taí a prova de que hoje você deixa menos do seu
salário no mercado do que deixava a 15 anos atrás.
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