Tudo junto e misturado


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A Judicialização da campanha eleitoral.

Do blog do Linho


As eleições ainda não começaram oficialmente, mas a oposição e alguns veículos de comunicação alinhados a ela já mostraram que podem tentar de tudo para sustentar sua opção por José Serra (PSDB). Depois de negar que as eleições não seriam influenciadas pelo bom desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente do governo (com 76% de aprovação), pelos avanços na economia, pelo alto índice de geração de emprego, pelos avanços sociais que distribuíram renda e retiraram 19,3 milhões de pessoas da linha da pobreza, enfim, pelo projeto de Brasil que atende ao curto, médio e longo prazos, parece que a única opção que resta a eles é buscar a via perigosa da judicialização da campanha, popularmente conhecido como “tapetão”.

Primeiro, tentaram dizer que a eleição não seria uma comparação entre o governo Lula e a gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB), porque se tratava de escolher um candidato para o futuro do país, como se o paralelo entre os dois modos de governar não fosse um requisito importante para se saber como será a condução do país nos próximos quatro anos. Depois, disseram que o presidente Lula não teria influência na campanha, porque não seria candidato e porque não conseguiria transferir votos. Assim, afirmaram que a disputa seria entre os pré-candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra, um confronto de biografias.
Quando saíram as pesquisas Vox Populi e Sensus revelando que as duas avaliações estavam erradas, pois o eleitor estava comparando os dois governos e também as duas biografias e manifestando intenção de voto em Dilma, a opção foi por atacar os institutos, sugerindo que a metodologia adotada por ambos estava errada e sob suspeita. Tinham como argumento principal os números trazidos pelo Datafolha. Assim, deflagraram uma clara operação pró-Serra, ainda que qualquer analista de pesquisa imparcial apontasse que os resultados do Datafolha é que estavam estranhamente divergentes.

Não deu certo. As movimentações de Serra como pré-candidato foram desastrosas, com mudanças de opinião no intervalo de horas, além de falta de clareza sobre o que propõe em temas importantes, como comércio regional via MERCOSUL, segurança pública e economia. De outro lado, viu-se uma pré-candidata firme, precisa, conhecedora dos grandes problemas nacionais e das formas de solucioná-los. Os resultados da comparação entre os dois pré-candidatos foram favoráveis a Dilma, como atestaram as três mais recentes pesquisas – Vox Populi, Sensus e Datafolha, que está com a credibilidade arranhada pelos números divergentes apresentados há um mês.

No Sensus, Dilma tem 35,7% de intenção de voto contra 33,2% de Serra; no Vox Populi, 41% a 33%; no Datafolha, 36 e 37%. A pré-candidata Marina Silva fica em torno dos 10%. Na resposta espontânea, Dilma lidera além da margem de erro – tem 21% no Datafolha (em dezembro, tinha 8%), contra 16% de Serra, próximo dos 19% a 15% registrados pelo Vox Populi e dos 19,8% a 14,4% pelo Sensus. Dilma tem crescido em todos os estratos sociais, em todas as regiões do país e em ambos os gêneros.

A inescapável conclusão é que a oposição errou nas análises e táticas até agora utilizadas. Afinal, o eleitor está confrontando Lula com FHC e manifestando intenção de voto em Dilma, ou seja, Lula está transferindo votos e quem gostaria de um terceiro mandato está se decidindo por Dilma. Mas a grande derrota da oposição é que, ao comparar Serra e Dilma, o eleitor está vendo que Dilma é melhor. Com sucessivos erros de avaliação, a oposição parece ver na judicialização do pleito a única solução, o que é um risco à democracia e ao bom ambiente político nacional.

Pinçado de:
http://www.blogdolinho.com.br/509/

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José Serra, os porquinhos e a matemática.

Esses videos mostram como se faz necessário a saída do sapo barbudo analfabeto e ignorante, para a entrada de alguém culto e versado em todos os assuntos.

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