Tudo junto e misturado


domingo, 13 de dezembro de 2009

Enchente em SP: veja como a imprensa protege Serra

Do blpg do Brizola Neto





O Governador de São Paulo, José Serra, reclamou que a cobertura da enchente em São Paulo – a cidade está até hoje cheia de pontos alagados – era obra do que chamou de “PT Press”, a imprensa petista. O problema da enchente, disse ele, foi a enorme, anormal, atípica chuva que caiu da noite de segunda até a manhã de terça-feira.

Choveu muito, é verdade. Precisamente 87,6 milímetros de precipitação das 23 horas de segunda, dia 7, até o meio-dia de terça, dia 8. Em 14 horas, a média horária de precipitação foi 6,74 mm, portanto.

Mas o governador Serra não tem razão quando diz que, por isso, a imprensa, a PT Press, foi ruim para com ele. Governador, vou mostrar que a PDT Press vai fazer uma demonstração muito simples de que não foi uma quantidade de chuva capaz de arrasar uma cidade.

Na noite de quinta-feira, dia 10, começou a chover forte na Zona Sul do Rio de Janeiro. Das 20h do dia 10 até a uma hora da manhã de sexta, dia 11, desabaram sobre o Rio 102,6 milímetros de chuva. A média horária de precipitação – muito importante, porque determina a capacidade de vazão do sistema de escoamento, de 20,5mm de chuva por hora.

Isto é, três vezes mais do que choveu em São Paulo. Não se argumente que houve “picos” de chuva maiores em São Paulo. A máxima foi às 6 horas da manhã, 21mm. No Rio, de 10h à meia-noite, 62,6 mm.

Claro que aconteceram problemas, alagamementos, muita coisa ruim. Mas nada que chegasse nem perto do drama que os paulistanos estão vivendo até hoje. Não há surpresa em chuvas fortes esta época do ano. Em Brasília, dia 1° deste mês, choveu 50 mm em apenas três horas.

Os dados que publico aqui são os oficiais do Instituto Nacional de Meteorologia, obtidos nas estações automáticas das duas cidades. São públicos e podem ser acessados clicando aqui. Escolha a estação de São Paulo, depois dados e coloque o período. Você vai ver o volume de chuva, hora a hora. Depois repita a operação com a estação do Forte de Copacabana, no Rio. Fiz a simples soma dos períodos de precipitação indicados.

Não são da “Tunikito Meteorology”, empresa da Fundação Cacique Cobra Coral, que o senhor Serra contratou quando era prefeito de São Paulo e que a tal PT Press deixou passar, mas que a PDT Press mostrou aqui para quem tiver dúvidas deste inacreditável convênio.

Também não é verdade que São Paulo esteja sendo castigada sistematicamente este mês pela chuva e que isso pudesse ter agravado a situação. Publico aí em cima os dados oficiais dovolume de chuva de São Paulo e do Rio este ano. Basta olhar para ver que choveu muito mais aqui do que lá em dezembro.

Quando a PSBD Press quer, vai atrás de todos os dados, como aconteceu com o blecaute provocado por raios nas torres de transmissão de Itaipu. Foram escritos tratados de meteorologia para tentar provar que não houve raios.

Na enchente de São Paulo, porém, não se deram nem ao trabalho de olhar os índices de chuvas que estão publicados na internet. Nem de questionar a eficiência do tal rebaixamento da calha do Tietê, que custou quase R$ 2 bilhões nos governos tucanos de Alckmin e Serra e não se mostrou nada eficiente no temporal de terça-feira.

Pinçado de:
http://www.tijolaco.com/?p=7073

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José Serra, os porquinhos e a matemática.

Esses videos mostram como se faz necessário a saída do sapo barbudo analfabeto e ignorante, para a entrada de alguém culto e versado em todos os assuntos.

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