Do blog B.F.I - Por Humberto Capellari
" Quem, como, por quê e onde?", são as perguntas que esses oportunistas não pensam em responder direito.
Eu já escrevi antes aqui e - até onde sei - cunhei o termo "Impostôr-metro", o que deixa claro o que penso sobre as manifestações "anti-impostos". Eu passei a observar um pouco melhor [ como qualquer cidadão, não como especialista ] essa história de "farra de impostos" quando fui abordado em uma loja de grande rede de farmácias, por uma funcionária, que perguntou se eu queria subscrever um "abaixo-assinado para abaixar os impostos". Isso foi há uns anos.
A farra de impostos quase dobrou a partir do governo Fernando Henrique Cardoso. Ponto. Depois, foi se mantendo no patamar atingido [ em termos de % do PIB ], nestes últimos anos.
então, uma das coisas que me faz torcer o nariz para essas "campanhas": dêem nomes. Mas, como qualquer pessoa um pouco melhor informada sabe, quem tenta "despolitizar" as coisas [ entre essas coisas estão os próprios governos ] é a direita. Despolitizar no sentido de "despartidarizar". Assim, nessas campanhas, se buscar com um pouco de paciência, vai achar gente que fez parte de governos demotucanos. Quando uma administração "esquerdista" assume, o novo governo bota sua gente em cargos de confiança, e os "despolitizadores" clamam por "profissionalismo" na máquina. Como sinônimo, claro, de desideologização. Deixa para lá. É algo que eu não domino muito.
Mas, assim como qualquer um destes "libertários", eu também pago "impostos". E não me impressiono quando sai no jornal: "Brasileiro [ sic ] trabalha [ sic, sic ] 364 dias do ano só para pagar imposto [ sic... ]".
Sabem por quê? Simplesmente porque NÃO É VERDADE. A gente sabe, vai. Mas, quando o jornal ou a TV mostra um monte de números que a gente não entende, e um representante do empresariado falando que, por culpa do imposto que eles, ahamm, pagam, por causa disso não tem emprego pra população. É um argumento puramente emocional, já que a gente tá sempre com a corda no pescoço.
Um explicação simples nos deixa mais tranquilos. Pois essa gente sabe que muitos de nós não sabem distinguir imposto, de taxas e de contribuições, além de não fazer bem as distinções devidas: imposto estadual, municipal ou federal? Nem sempre nós consideramos as mudanças no IR [ o FHC "ampliou a base de incidência" e a classe média eternamente ignara do Brasil ficou emocionada e agradecida... ] , por exemplo, ou as desonerações. É complicado, meu.
Agora, prova do que estou falando é esse "Feirão do Imposto": você vai no lugar, e tem lá o produto exposto, com um "fichão": produto, preço, imposto e valor do imposto. Simplérrimo. Tôsco. Que imposto? 18%, calculo eu, que estejam falando do ICMS. Um imposto estadual. Vejam que facilidade: se o camarada pegar o papel, botar [ falsamente, de propósito ] que ali no produto incide 348 % de impostos e pronto: sem discussão. As pessoas engolem e sentem-se felizes por estarem sendo "cidadãos críticos". E, estranhamente, o culpado é "o" Governo: nós trabalhamos para pagar impostos que "o" Governo arrecada. "Que" Governo, pô? O Serra tá cansado de aumentar impostos, mas poucos se dão conta disso. É que ele é sutil.
Esses "protestos" infrutíferos, promovidos por empresários, lideres setoriais, banqueiros, etc não vão lá, criticar a verdadeira catástrofe que é a cobrança desproporcional de taxas diversas aos pobres e assalariados. Enquanto são IRRISÓRIOS os tributos pagos por proprietários de terras, por exemplo.
FAÇA O SEGUINTE: LEIA ESTA MATÉRIA PUBLICADA NA CAROS AMIGOS DESTE MÊS, e entenda melhor a questão: No Brasil quem paga impostos são os pobres . A matéria está completinha no site. Veja quem trabalha de verdade para pagar impostos, enquanto outros ficam posando de "libertários". E aproveite para entender porque os jornais e a vEJA não gostam do Márcio Pochmann [ "partidário" e "ideológico", segundo a mídia, o que significa que ele não é um cara remunderado pelo mercado financeiro e nem trabalha nestas "consultorias" de mercado ].
Quem defende - até por uma questão de teoria econômica - o fim das tributações são os ricos. Na prática, quem paga somos nós, remediados. Só que eles têm a palavra, e como disseminá-la.
Eles não fazem lobby, por exemplo, para que o imposto sobre grandes fortunas saia, finalmente, do papel.
Não há garantias de que, um - vá lá - imposto, ao deixar de ser cobrado de um produtor, que o valor será imediatamente descontado ao consumidor. Com o "imposto do cheque" para a Saúde foi assim. Segundo alguns, essa desoneração do IPI [ dos carros, p.ex ] não resultará em benefícios para nós, mas representará um rombo no caixa do governo. A não-cobrança do IPI foi engordou a margem de lucros das empresas. E pode até ter virado "remessa de lucros para o exterior".
Então, meu amigo, fique de olho SIM, nos impostos que você paga. Mas tente saber desde quando, por que, como, para quem você desembolsa. E graças a quem [ sob as ordens de quem ] a "farra tributária" do governo [ sic ] é alta. E "alta " para quem?
Pinçado de:
http://ocorreiodaelite.blogspot.com/2009/10/quando-nao-e-demagogia-do-impostor.html
Tudo junto e misturado
sábado, 10 de outubro de 2009
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José Serra, os porquinhos e a matemática.
Esses videos mostram como se faz necessário a saída do sapo barbudo analfabeto e ignorante, para a entrada de alguém culto e versado em todos os assuntos.
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