Tudo junto e misturado


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

1989 Conferência de Paris condena armas químicas

Olha só que interessante essa reportage sobre a conferência em Paris contra o uso de armas químicas, vejam a postura dos Estados Unidos, como gostam da paz. Costumo dizer que nós seres humanos somos no planeta uma espécie de gafanhotos e os americanos são os maiores. Essa é uma reportagem de 11 de janeiro de 1989 do Jornal do Brasil, histórica portanto, os Estados Unidos defendendo seu então aliado Iraque.


11 de janeiro de 1989- Conferência de Paris condena armas químicasApós quatro dias de trabalho, 110 discursos e 125 encontros a nível ministerial, acompanhados de perto por cerca de mil jornalistas de todo o mundo, os 145 países representados na Conferência de Paris subscreveram uma declaração condenando o uso de gases asfixiantes, tóxicos e similares, assim como armas bacteriológicas. Segundo o ministro do Exterior da França, Roland Dumas, o documento final, forçosamente consensual pela natureza do encontro, servirá para dar o apoio político necessário para que posteriormente seja assinada uma convenção internacional sobre esta questão.

“A conferência serviu para dar impulso político aos trabalhos da Conferência de Desarmamento em Genebra e sua declaração final contém as diretrizes sob as quais os governos deverão orientar suas políticas”, afirmou Dumas ao fazer um balanço dos trabalhos de Paris, acrescentando ter ficado satisfeito por não haver enfrentamento entre o bloco dos países desenvolvidos e a outra parte do mundo.

Antecipando-se ao documento, a União Soviética anunciou sua renúncia unilateral às armas químicas, assim como a destruição de seu estoque, convidando os outros países a acompanhar sua atitude.

O documento final conseguiu retratar algumas preocupações dos países pobres ao assinalar o caráter não discriminatório de uma convenção proibindo as armas químicas. O texto final dos trabalhos de Paris, porém, não marcou qualquer data, limitando-se à menção do “mais breve possível”, para que o acordo seja colocado em prática, graças à forte oposição dos Estados Unidos quanto à fixação de um prazo definitivo.

O Iraque, responsável pelo massacre de milhares de curdos entre 1980 e 1988 com armas químicas, não conseguiu ver eliminada do documento a referência aos recentes acontecimentos. Isso, no entanto, não satisfez a delegação do Irã, que apresentou uma declaração à parte exigindo a condenação do vizinho iraquiano.

Sobre a questão da condenação conjunta às armas químicas e às nucleares – particularmente defendida pelos árabes- o ministro francês, Roland Dumas, explicou o motivo pelo qual a segunda categoria de armas não foi sequer abordada. “As armas nucleares são para impedir a guerra. São dissuasórias. As armas químicas, ao contrário, acompanham o desenrolar de um conflito”, afirmou. Para Dumas, o desarmamento nuclear estaria estabelecido no documento sobre desarmamento das Nações Unidas, assinado em 1978. A delegação norte-americana, porém, se opõe ao elo entre desarmamento químico e nuclear.

A proibição da produção e do armazenamento de armas químicas, porém, só aconteceu em 1997, após a Convenção das Armas Químicas, em Haia, nos Países Baixos. O prazo para que as nações se livrem por completo de seu arsenal ficou estabelecido em catorze anos a partir da realização da reunião.

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